Disfagia devido a osteoitose cervical: relato de caso / Dysphagia due to cervical osteophytosis: case report

Doenças degenerativas na coluna cervical são comuns nos pacientes idosos. Os autores apresentam caso de paciente do sexo feminino, 44 anos, com quadro de disfagia progressiva relacionada à osteofitose cervical anterior em (C5-C6 e C6-C7). Esofagograma mostrou a compreensão esofágica pelos osteófitos anteriores. O tratamento realizado foi brocagem dos osteófitos, discectomia cervical em dois níveis e artrodese cervical, resultando na remissão completa do sintoma. Embora seja uma causa de disfagia, osteófito deve ser incluído como diagnóstico diferencial pois é uma causa tratável e reversível do sintoma.

Degenerative diseases of the cervical spine are common in elderly patients. The authors present a case report of female, 44 years old, with progressive dysphagia due to anterior cervical osteophytes (C5-C6 and C6-C7). Esophagogram showed esophageal compression by anterior osteophytes. The treatment was removal of osteophytes by drill, cervical discectomy on two levels and cervical arthrodesis, resulting in complete remission of symptoms. Although it is an un-common cause of dysphagia, osteophytes should be included in the differential diagnosis because it is a reatable and reversible cause of the symptom.

Dysphagia due to anterior cervical osteophytosis: case report / Disfagia por osteofitose cervical anterior: relato de caso clínico / Disfagia por osteofitosis cervical anterior: relato de caso clínico

The objective of this study is to highlight the possibility of dysphagia induced by anterior cervical osteophytes. When not diagnosed early this condition may be responsible for complications such as severe dysphagia and potential lung aspiration, especially in elderly patients. Analysis of a case report of a 72-year old woman who presented cervical pain and progressive dysphagia. Imaging studies have shown anterior cervical osteophytosis and multilevel degenerative changes in the cervical spine. The patient underwent surgical excision of the cervical anterior osteophytes (C4, C5 and C6) and C5/C6 arthrodesis through anterior approach. The postoperative period was uneventful and symptoms resolved within 2 weeks. Early diagnosis and treatment led to complete resolution, avoiding late and serious complications associated with this pathology in the geriatric population, especially severe and progressive dysphagia and risk of pulmonary aspiration, and the consequent morbidity and mortality associated. A multidisciplinary approach is essential for the correct assessment of this condition.

O objetivo do trabalho é salientar a possibilidade de disfagia induzida por osteofitose cervical anterior. Quando não diagnosticada precocemente essa afecção pode ser responsável por complicações como disfagia grave e aspiração pulmonar, sobretudo nos doentes idosos. Análise de caso clínico de doente do sexo feminino com 72 anos de idade que apresentava dor cervical e disfagia progressiva. Foram realizados exames de imagem que revelaram osteofitose cervical anterior e alterações degenerativas em diversos níveis. A paciente foi submetida à excisão cirúrgica dos osteófitos cervicais anteriores (C4, C5 e C6) e à artrodese de C5-C6 por acesso cervical anterior. O período pós-operatório decorreu sem complicações com remissão dos sintomas em duas semanas. O diagnóstico e tratamento precoces permitiram a resolução completa, evitando as complicações tardias e graves associadas a essa patologia na população geriátrica, sobretudo disfagia grave e progressiva e risco de aspiração pulmonar, com a consequente morbimortalidade a elas associada. A abordagem multidisciplinar é fundamental para a avaliação correta desse quadro.

El objetivo de este trabajo es salientar la posibilidad de disfagia inducida por osteofitosis cervical anterior. Cuando no es diagnosticada precozmente esta afección puede ser responsable por complicaciones como disfagia grave y aspiración pulmonar, sobre todo en los enfermos ancianos. Análisis de caso clínico de enfermo del sexo femenino con 72 años de edad que presentaba dolor cervical y disfagia progresiva. Fueron realizados exámenes de imagen que revelaron osteofitosis cervical anterior y alteraciones degenerativas en diversos niveles. La paciente fue sometida a escisión quirúrgica de los osteófitos cervicales anteriores (C4, C5 e C6) y a la artrodesis de C5-C6 por acceso cervical anterior. El período postoperatorio transcurrió sin complicaciones con remisión de los síntomas en dos semanas. El diagnóstico y tratamiento precoces permitieron la resolución completa, evitando las complicaciones tardías y graves asociadas a esa patología en la población geriátrica, sobre todo disfagia grave y progresiva y riesgo de aspiración pulmonar, con la consiguiente morbimortalidad a ellas asociada. El abordaje multidisciplinario es fundamental para la evaluación correcta de ese cuadro.

Osteófitos em coluna torácica mimetizando lesão submucosa esofágica: é possível a identificação ecoendoscópica?: relato de caso / Osteophytosis mimicking esophageal submucosal lesion: is it possible to identify by echoendoscopy?: a case report

Relata-se um caso pouco freqüente, no qual os autores identificam osteofitose de coluna torácica mimetizando lesões esofágicas submucosas. O ultra-som endoscópico evidenciou imagens hiperecóicas comprimindo a parede posterior do terço médio do esôfago, que correspondem a osteófitos, os quais foram confirmados na radiografia em perfil do tórax.

Etiological spectrum of non-traumatic myelopathies: experience from a tertiary care centre.

AIM: This study aimed to identify the clinical and radiological profile of non-traumatic myelopathies and various etiologies associated with them. MATERIAL AND METHODS: Two hundred and four patients of non-traumatic myelopathy were prospectively studied in different wards of Sir Sundar Lal Hospital, Institute of Medical Sciences, Banaras Hindu University, Varanasi, from September 2002 to March2004. Patients underwent a detailed clinical evaluation followed by laboratory investigation and neuroimaging studies. RESULTS: Among 204 patients of non-traumatic myelopathy, 108 patients presented with paraplegia and 96 patients with quadriplegia. Tuberculosis was the commonest cause of compression paraplegia in this series and was observed in 42 cases (33.33%) while quadriplegia was seen in only 3 cases (2.38%). In the present study, acute transverse myelitis formed the major bulk of non-compressive myelopathy. CONCLUSION: Tuberculosis of spine was the most common cause of compressive myelopathy and among the non-compressive group acute transverse myelitis and SACD were the important etiology.

Potencial evocado somatossensitivo e motor na espodilose cervical / Somatosensory and motor evoked potentials in patients with cervical spondylosis

This study investigated 54 patients with cervical spondylosis (CS) with or without symptoms caused by cervical spondylotic myelopathy. Cervical MRI, somatosensory evoked potentials (SEPs) and motor evoked potentials (MEP) from upper and lower limbs of all of these patients were examined retrospectively. Were MRI findings the gold standard and the patients were classified in three groups. Group 1 (absence of spinal cord compression); Group 2 (presence of spinal cord indentation); Group 3 (spinal cord compression with alteration of intraspinal sign). The sensitivity of SEP of four limbs was 61.9%, the same one as the SEP of lower limbs. The sensitivity of MEP of four limbs was 71.4%, of the upper limbs alone was 66.7% and of the lower limbs alone 52.4%, thus showing the importance of using this method in all four limbs when cervical spondylotic myelopathy is suspected. The results shown by the study of the tibial nerve in SEP and of the abductor digiti minimi muscle in MEP were more frequently abnormals than the results shown by the study of the median nerve and extensor digitorum brevis muscle in the three groups, suggesting that exists a onset compromising of them.

Foram estudados 54 pacientes com diagnóstico de espondilose cervical (EC) com ou sem sinais clínicos de mielopatia espondilótica. Realizou-se análise retrospectiva de todos os pacientes portadores de EC investigados por ressonância magnética (RNM) cervical, potenciais evocados somatossensitivos (PESS) e motor (PEM) de membros superiores e inferiores. A RNM foi considerada padrão-ouro e os pacientes foram divididos em três grupos. Grupo 1 (RNM sem compressão medular), Grupo 2 (apenas indentação medular) e grupo 3 (compressão medular associada a alteração do sinal medular). A sensibilidade do PESS de quatro membros foi 61,9%, similar à encontrada quando realizado o PESS apenas de membros inferiores. A sensibilidade do PEM de quatro membros foi 71,4%, em membros superiores isoladamente foi 66,7% e em membros inferiores 52,4%, mostrando a importância da realização deste método nos quatro membros quando suspeita-se de mielopatia espondilótica cervical. Os resultados encontrados pelo estudo do nervo tibial no PESS e do músculo abdutor do dedo mínimo no PEM mostrou maior percentual de achados alterados que os resultados encontrados pelo estudo do nervo mediano no PESS e do músculo extensor curto dos dedos no PEM nos três grupos, sugerindo que existe um comprometimento inicial deles.

C3-4 level cervical spondylotic myelopathy.

Cervical spondylotic myelopathy (CSM) is uncommon at the C3-4 level. Fourteen patients with C3-4 CSM were treated over a period of 3 years. The radiological factors contributing to CSM at the C3-4 level were studied. These factors included the assessment of static and dynamic canal diameters, retrolisthesis, posterior osteophytes and degenerative spinal segmental fusion on plain X-rays; and, the antero-posterior cord compression ratio (APCR) on magnetic resonance imaging (MRI). The clinical status of the patients was assessed by the modified Japanese orthopedic association scale (mJOAS). The mean difference between the static and dynamic canal diameters was statistically significant at C3-4 (p < 0.01). The APCR obtained at different levels showed a significant compression at the C3-4 level in comparison to the lower level. There was a correlation between the APCR and the preop mJOAS, r=0.6 (p< 0.05). The mean mJOAS improved from 9.35 to 14.35 at follo-up. The recovery rate calculated using the modified Hirabayashi rate was 66.9%. Degenerative changes at lower cervical segments predispose to increased mobility and spondylotic changes at the C3-4 level. The patients in this study were young as compared to those reported in the international literature.

Atlantoaxial dislocation in idiopathic cervical dystonia.

We report a case of severe cervical spondylosis and atlantoaxial dislocation (AAD) in association with idiopathic cervical dystonia (ICD) in a middle-aged male. To our knowledge, this is the first case of ICD reported in association with AAD.

Degenerative disk disease at lumbosacral junction: plain film findings and related MRI abnormalities.

Due to a wide range of normal disk space heights at lumbosacral (LS) junction, we conducted this study to evaluate how to diagnose degenerative disk disease (DDD) of LS junction and how much information we can obtain from plain radiography regarding this condition. We retrospectively reviewed lateral LS spine films and magnetic resonance (MR) imaging in 100 patients presented with low back pain. Anterior disk height (ADH) and posterior disk height (PDH) were directly measured from plain radiographs. Signs of DDD were recorded from both plain radiographs and MR imaging. We found that ADH < 11.3 mm or PDH < 5.5 mm indicate DDD at LS junction with 95 per cent confidence interval. When spondylolisthesis presented, disks were all degenerated. Endplate sclerosis had significant relative risk (p < 0.05) for lateral neural canal stenosis and disk herniation. No radiographic finding showed significant relative risk for nerve root compression.

Disfagia causada por osteófito gigante de coluna cervical: relato de caso e revisäo de literatura / Giant cervical osteophyte causing dysphagia: case report and review of the literature

A presença de um osteófito gigante em coluna cervical constitui uma das causas mais raras de disfagia, cuja etiologia mais frequente é a hiperostose idiopática esquelética difusa. Este artigo faz o relato de caso de um paciente com 80 anos de idade portador de um osteófito gigante da coluna cervical na altura de C3-C4, com sintomatologia de disfagia moderada, evoluindo favoravelmente com tratamento clínico medicamentoso associado à fisioterapia

Anterior decompression and fusion for cervical spondylotic myelopathy.

The result after anterior decompression and fusion for cervical spondylotic myelopathy was retrospectively studied in 49 patients. There were 33 men and 16 women, their ages ranged from 27 to 82 years (average 53.7 years). The most common level of involvement was C5-6, followed by C3-4. Walking difficulty of various degrees in combination of numbness and weakness of upper limbs were the most common presenting symptoms. The duration of pre-operative symptoms ranged from 1 month to 10 years (average 6 months). The functional results at final follow-up were evaluated using the author's grading criterias. Mean follow-up time was 5.3 years (range 1-10 years). Forty-six patients were neurologically improved at various degrees, three cases were unchanged, none had neurological deterioration. There was no time limit of neural recovery as to the duration of disease prior to surgery. The potential cord recovery might be partly affected by age, duration of the symptoms, and pre-operative functional grade.

Disfagia incomum / Unusual dysphagia

Sao relatados dois casos de osteófitos cervicais causando disfagia intensa em pacientes acima de 50 anos de idade. A revisao da literatura mostra que osteófito de coluna é uma causa incomum de disfagia e que o esôfago cervical, por estar provavelmente mais fixo a essa regiao, é o mais freqüentemente envolvido. Os autores enfatizam a necessidade de esofagoscopia, nao só para confirmaçao diagnóstica, mas também para excluir doença maligna. Preconizam a ressecçao cirúrgica dos osteófitos como melhor tratamento, com melhoria da sintomatologia.

Anterior cervical osteophytes causing dysplagia

A review of the literature and four additional cases of surgical excision of anterior cervical osteophytes causing dysphagia is presented. Surgical excision of the osteiphytes is recommended only after a complete evalution to rule out other causes of dysphagia and after an adequate period of conservative therapy. The patients must be adivised that frequently symptoms will recur to some extent as time progresses. In patients who have findings consistent with diffuse idiopathic skeletal hyperostosis (DISH Syndrome) recurrence of the osteophyte appears to be more common

Osteoporose da coluna lombar, coxofemorais e calcâneo: estudo clínico-radiológico / Lumbar spine, coxofemoral and calcaneous osteoporosis: clinico-radiologic study

Para determinar o grau de certeza da presença ou da ausência de osteoporose, os autores examinaram 92 mulheres com mais de 65 anos, com radiografias da coluna lombar, quadril (coxofemorais) e calcâneo, concluindo que, com exames por quatro examinadores, o índice de certeza é de 29,8 das radiologias verificadas, o que é ainda muito baixo. A relaçäo psoas/largura da 3ª vértebra lombar é índice difícil de aplicar nas mulheres de 65 anos em diante, pelo grande número de escolioses na regiäo lombar. A dor em geral é queixa muito difundida nesse grupo etário: 82 pacientes (89,2%) relatavam algum tipo de dor (abdominal, articular/ossos e coluna), mas a presença de dor em geral é mais freqüente no grupo osteoporótico. As mulheres do grupo osteoporótico eram mais magras do que as do grupo näo osteoporótico, com base no critério da altura (que pode estar diminuída) em relaçäo ao peso (p < 0,05), e também mais idosas (p < 0,05). Os exames para gamaglobulina deram resultados elevados em 55,5% dos pacientes desta amostra e ajudaram a localizar três casos de patologias mais graves

Osteófitos cervicais e disfagia / Cervical spur and dysphagia

Säo relatados dois casos de osteófitos cervicais causando disfagia intensa em pacientes acima de 50 anos de idade. A revisäo da literatura mostra que osteófito de coluna é uma causa incomum de disfagia e que o esôfago cervical, por estar provavelmente mais fixo a essa regiäo, é o mais freqüentemente envolvido. Os autores enfatizam a necessidade de esofagoscopia, näo só para confirmaçäo diagnóstica, mas também para excluir doença maligna. Preconizam a ressecçäo cirúrgica como o melhor tratamento, com ausência total da sintomatologia